Ortodoxia















A verdadeira ortodoxia não é facilmente assimilada. Quando existe massificação, há um prenúncio de distanciamento do seu teor profundo. A ortodoxia encontra-se no dado experimental da relação mística, da união com Deus, da fé que se expressa para além do conceito, do jurídico e do racionalismo moderno. Aplica-se a ortodoxia a palavra de Jesus: “não temas pequeno rebanho.” Tal fé diz respeito ao que a multidão, em certo sentido, rejeita, ignora, não entende e não está disposta ao que de mais grave a religião possa lhe oferecer. A ortodoxia denuncia a superfície da massa, não por ser esta sua finalidade. Nisso se entende que há uma diferença latente/patente entre multidão e comunidade de fé. Cristo não fundou massa, mas Igreja. Nunca a catolicidade, que embora seja universal, se enveredou ao nivelamento da multidão, mas na unidade e apostolicidade da fé. A Ortodoxia manifesta-se precisamente na impossibilidade de se falar sobre ela a distância. Para ser ortodoxo é preciso ter, definitivamente, experimentado a ortodoxia, numa espécie de encarnação.





“A Ortodoxia é mostrada, não comprovada. É por isso que só existe apenas uma maneira de entender a Ortodoxia: através da experiência direta... Para tornar-se Ortodoxo, é necessário mergulhar de uma vez na própria raiz da Ortodoxia, para começar a viver de maneira Ortodoxa. Não há outro caminho” Pavel Florensky.













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